A prefeitura
de Ji-Paraná foi acionada no Ministério Público (MP/RO) sob a acusação de
realizar o pagamento de fornecedores e rescisões trabalhistas burlando a
ordem cronológica, prevista em lei. Segundo a denúncia, os pagamentos estão
sendo feitos por determinação do prefeito Isáu Fonseca diretamente à Tesouraria, sem a anuência da Secretaria de Fazenda.
“A ação do
prefeito é muito clara. Empresas próximas ao chefe do executivo estão sendo
beneficiadas, com isso, atendendo apenas aos interesses políticos”, relata
trecho da denúncia protocolada no MP e também no Tribunal de Contas do Estado
(TCE/RO), pela empresa Sacht Construtora LTDA, que tem como proprietária uma
empresária domiciliada neste município.
No documento,
a empresa relata que mesmo juntando todos os documentos necessários ao processo
de uma obra que esta executando no município, foi excluída da ordem cronológica
de pagamento sem a prévia justificativa da autoridade, além do fato de não ter
sido comunicado à empresa.
Situações
idênticas têm ocorrido com frequência, com outras empresas. “Esclareço que
obedecida todas as exigências, o município tem até 30 dias para finalizar a
liquidação e o pagamento da obrigação”, afirmou à empresária, pedindo para não
ser identificada.
Ainda
segundo ela, foi protocolado requerimento no dia 24 de janeiro, solicitando o
pagamento, para que a obra não sofra paralisação, mas a mesma não obteve êxito.
A dona da empresa também cita que no mesmo dia protocolou o pedido de
paralisação dos serviços nas secretarias de Planejamento (Semplan) e Semasf,
sendo o pedido indeferido, tendo como justificativa a suficiência financeira
para assegurar o pagamento das obrigações.
Ao final da
denúncia a empresária pede ao Ministério Público Estadual (MPE), que seja
recebida a denúncia, pois atende aos requisitos de admissibilidade insculpida
nas normativas que regem a atuação da referida promotoria.
Que seja
oficializada à prefeitura de Ji-Paraná, a quitação de suas obrigações junto aos
fornecedores de acordo com a liquidação das despesas, além de que o MP
proceda à fiscalização visando apurar as quebras das ordens cronológicas de
todos os pagamentos praticados pelo Senhor prefeito, bem como na secretaria de
Fazenda e Tesouraria do município, aplicando aos mesmos, correções pelas
supostas práticas delituosas reiteradas pelo Chefe do Poder Executivo.
Ela também pede
que seja instaurado Inquérito Civil Público para investigar a existência de uma
possível organização criminosa liderada pelo Chefe do Poder Executivo, e do
responsável pela Procuradoria Geral (PGM) e da Tesouraria com o intuito de
dificultar pagamentos que teria o objetivo de recebimento de supostas vantagens
indevidas.
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